terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cordas baixas: os prós e os contras....

Bom dia....

Basicamente, como podem ver, quase nunca me sobra tempo pra mexer em algum dos meus instrumentos mas, esta semana, eu precisava trocar as cordas do meu violão e arrumar, inclusive, a captação - o som da Mi grave não estava saindo quando ligado em mesa de som.

Aproveitei a situação pra refletir e escrever algo mais filosófico/conceitual -  eu diria.

Este Crafter já apareceu aqui em publicação anterior e sempre estou colocando o coitado a prova com alguma idéia maluca - afinal, como o violão é meu, posso me dar ao luxo de arriscar umas coisas..rs

Já comi o rastilho até a morte, o cavalete, e ainda penso em mexer em mais algumas coisas pra ajustar pra minha mão..

Eu dou aulas de violão e guitarra e, como alguns alunos moram longe - né Pedro Bohry?! rs - eu prefiro levar o violão, ainda que a aula seja de guitarra.

Claro, se é algo específico, que precisa de 22, 24 trastes, carrego uma das guitas que construí, um bom cabo e um mini amp pra exercer meu papel de um modo eficiente. Ahhhh, afinador também, né?

Neste violão, eu precisava de cordas baixas, como em uma guitarra elétrica. Infelizmente, não sou o tipo de cara que cata qualquer guitarra, com qualquer regulagem, e garanto minha performance. Faz tempo que eu não posso dizer isso porque não sobra muito tempo pra tocar - igual a todo mundo que tem um trabalho e ama fazer um som.....kkk

Anyway, aqui estão 2 fotos que ilustram bem o que estou falando: cordas socadas.

Qual a vantagem: não faço nenhuma força pra tocar neste violão - seja com cordas de violão elétrico ou com cordas de guitarra - como coloquei nesta última regulagem.

Bends de até 1 1/2 tom sem nenhum problema. Dá pra chegar em 2 tons mas, você sente que pode explodir a qualquer momento..... =)

Nenhum, mas nenhum problema, pra executar qualquer técnica atrelada ao vocabulário guitarrístico desde o Mr. Van Halen - claro, desconsiderando a ferrugem nos meus dedos de Shrek....

Tappings, sweeps, alternate picking, two handed tapping, rola tudo....

Desvantagem óbvia: o timbre de violão fica comprometido.

Como a corda fica colada, gerando inclusive aquele trastejadinho estilo Strato, você não tem volume nem graves como num violão regulado pra atuar como violão.

Ai você me pergunta (como diria Marcelo Rezende):  e se eu precisar de um som mais aberto, de violão mesmo?! Compenso no tensor um pouco pra que a ação das cordas suba. Lembre-se que o tensor não faz milagres mas, nestas horas entendemos como é fundamental para uma regulagem perfeita e estável no instrumento.

Fico devendo algum som com ele nesta regulagem - na verdade, estou devendo muitos vídeos neste blog.

Apenas deixando uma dica mesmo neste espaço: pense no que você precisa e faça!

Não siga modismos sobre ação das cordas e padrões. Conheço excelentes músicos que usam as cordas altas pra caramba, tem um timbre maravilhoso e conseguem tocar qualquer coisa em seus respectivos instrumentos - o Leonardo Almeida é um destes, Roberto Poladian, idem.

Pode ser que algo não fique como deseja num primeiro momento - já perdi a conta de quantas vezes mexi neste violão - mas, siga adiante. Conheça seu instrumento e leve isto além. Saiba o que ele precisa pra te dar o som que espera em troca!!

O instrumento tem que ajudar você a alcançar o som que está na sua cabeça. Tocar já é algo suficientemente difícil pra você ainda ter que perder tempo pensando na parte técnica de modo exagerado.

Regulou, gostou, é o certo...

O maior caminho para a padronização é seguir fielmente algo que alguém disse...
Leve em consideração, experimente, e faça suas próprias adaptações. Quem sabe não sai algo genial disso?!

Obrigado por acessarem.

Abraços!!





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