quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Contrabaixo Strinberg CLB 19A - Junio Teles

Bom dia.

Este baixo veio há umas semanas aqui pra oficina e não é a primeira passagem dele por aqui.

Na primeira visita, apenas soldei novamente os fios no adaptador da bateria mas, desta vez, tinha que trocar a peça, que rachou ao meio.

Troca efetuada, tudo soldado, e o som não saia.

Medi tudo que podem imaginar com o multímetro e não tinha nenhuma resposta.

Indiquei ao cliente que levasse em uma autorizada da Strinberg para verificar o pré e adivinhem?! Queimou mesmo.

Meu palpite estava certo.

Melhor que fazer o serviço e ganhar algumas estalecas é indicar o atendimento correto ao cliente, ainda que em outro profissional do ramo - mesmo que ele diga que o que queimou foi a solda do adaptador da bateria.

Complicado isso: você indica serviço pro cara e ele faz parecer que você é um idiota que não sabe a diferença do positivo pro negativo.... sem comentários!!

Junio, fico te aguardando pra trocarmos as cordas do bass e regularmos.

Abraços!!!












segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Teste de áudio....

Boa tarde.

Adicionando um link pra teste.

Amostra de som da Tagima Strato após regulagem completa de trêmolo

Apenas testando pra ver se eu também consigo incluir áudios aqui =)

Abraços

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Guitarra Waldman Terrific Mega Flamish GTE_750F - Evellyn Bibiano

Boa tarde pessoal.

Sexta feira, feriado, e me vem a Evellyn com essa guita.

Já havíamos falado no telefone e ela, esperta que é, guardou uma grana pra se dar de natal uma tunada na guitarra.

Aqui, estamos falando de regulagem padrão, troca de jack (devido a falhas no som) e talvez, captadores e escudo.

Quando eu acabar este serviço, ela deve estar bem diferente...rs

Obrigado pela confiança Evellyn.... em breve, pega a sua menina pronta pra um rock'n'roll!!!

Abraços.




























terça-feira, 19 de novembro de 2013

Apenas mais umas fotos....




Loja Virtual....



Boa tarde.

Desde o início do ano tenho vendido alguns itens aos clientes da oficina, amigos e tentando o Mercado Livre como porta de acesso a este mercado, restrito, de venda de acessórios e peças.

Recentemente, inaugurei a loja virtual da oficina para que todos na rede possam ter acesso aos produtos que trazemos diretamente conosco.

Trabalhamos, na maioria, com produtos por encomenda - afinal de contas, não adianta manter estoque de algo que não vai vender e a melhor maneira de mensurar o que vai vender é tendo uma loja como esta.

Ainda assim, temos um estoque mínimo de alguns itens que tem procura - e não tem valor tão elevado para ficarem parados aqui.

Você encontra todas as faixas de preço e de qualidade dentro da nossa loja.

De kits completos de instrumentos àquele parafuso que você precisava para o seu escudo, tenho certeza que vai achar aquele detalhe especial para o seu instrumento.

Se você não encontrou algum item lá, acredite: é questão de tempo para que esteja cadastrado.
Sou apenas um e isso demanda muito tempo..rs

Tenho fornecedores diretos em diversos países então, devo conseguir aquilo que precisa - basta ter um pouquinho de paciência com correios e alfândega - afinal, importar demanda tarifas.

Se tiver alguma dúvida, ou mesmo se quiser comprar algo, entre em contato pelo e-mail. Terei o maior prazer em tirar suas dúvidas e providenciar aquela peça que você tanto quer ou precisa.

Segue o link da loja e nosso e-mail para contato direto:

https://4handsluthieriamusicalparts.commercesuite.com.br

fourhandsluthieria@hotmail.com

Um abraço.

Edu




Construções e posição mercadológica...

É, hoje estou escrevendo pacas...rs

Pra quem ainda não sabe, também construo instrumentos.
Já foi um contrabaixo e uma penca de guitarras. Depois desta frase, fica a certeza de que preciso fazer mais baixos - hahaha

Gostaria de dizer que construir é o foco principal da oficina mas, o dia-a-dia não deixa.

Na minha cabeça, o principal é atender o cliente que chega aflito com um problema em seu instrumento - e acredite, as vezes é algo tão simples, tão rápido, e tem profissionais da área que pedem pro cliente deixar o violão/guitarra/whatever apenas pra orçarem em um prazo de 2, 3 dias (?!?!).

Ok, não dá pra parar toda a sua vida pra fazer um orçamento (afinal, você tem que fazer o que está em andamento) mas, dá sim pra parar e olhar na cara do cliente, ouvir o que ele diz, escutar o que ele precisa.
Dá sim pra ser simpático e receptivo; se colocar no lugar da pessoa que deixa uma parte dela nas suas mãos.

A pessoa espera e precisa de uma resposta ali - porque guardou o dinheiro; porque vai se endividar pra pagar. Não dá pra dizer: "depois eu te falo quanto custa e deixar o ser humano sem ter com o que tocar...rs

No mais, se você já trabalha com isso há um tempo, tem uma leve noção do tempo que leva pra fazer e o máximo que pode custar. Passe o valor máximo - se for menos, o cliente vai ficar mais feliz que você, pode apostar..kkk

Não é de hoje que o foco do mercado é o cliente. Estudos comprovam, pesquisas, vivência.

Sem clientes, não somos nada!!!

O cliente é o cara que entra na oficina esperando que você trate o instrumento dele melhor do que ele faria; é a pessoa que quer que você entenda o que precisa ser feito e faça rápido e bem feito.

Há espaço pra erros?! Não muito.

Já recusei alguns serviços aqui por não me sentir seguro pra fazer ou porque o custo seria um absurdo - simplesmente inviabilizando para o cliente tal feito.

Já aconteceu o contrário: eu pegar o serviço porque me identifiquei com aquele drama - independentemente de quanto o mercado me mostre que eu deveria cobrar caro bagarai pra fazer aquilo.

 Já peguei serviços de pessoas que claramente não poderiam pagar por ele, mas tinham algo no olhar que mostrava por A + B o quanto precisavam daquilo feito. E bem feito!

Já aconteceu de eu errar e ligar pro cliente contando - não é agradável, mas precisa e deve ser feito.

Não há regras... apenas pessoas!!!

Não é porque um cliente não pode me pagar o valor "X" que eu deixo de pegar um serviço. Eu já precisei de luthier, já tive que deixar instrumento parado e ligar em uma semana (e o cara nem tinha orçado ainda).

Eu também já precisei parcelar minhas regulagens - acredite ou não - mas todos somos assim. Altos e baixos financeiros. Lembro da mama dando cheques pra pagar um conserto de uma guitarra minha!!

Entenda: eu sei o seu drama e não quero nada disso pra mim, nenhuma energia direcionada que não seja legal e positiva. Eu já estive ai, do lado que você está.

Sempre cumpro prazos? Claro que não. Entra serviço direto e como disse, o foco é atender o cara que tem um problema.

"Ah, Edu: e se eu encomendar uma guitarra contigo, ela sai em 10 anos?!"

Não, mas ela vai ser feita em ritmo de "sprints" e não "jogging"...rs

Em uma semana "A" eu terei 2 dias e mexerei com construções - logo, mexerei na sua guitarra.
Ai vai entrar um monte de coisa pra fazer - e eu também tenho vida pessoal sujeita a erros de sistema - e eu vou ter que focar nisso =)

Na semana "B", terei 1 dia e tudo se repetirá.

Na semana perfeita, terei 4 dias pra mexer nisso... e assim por diante.

Acho que é por isso que 90% dos profissionais desta área tem problemas com prazos - mas conversando, todos se entendem e saem satisfeitos.

Sou adepto das regulagens express - como já mencionei aqui - mas claro, cobro por isso.

Estou deixando de atender alguém pra resolver o seu drama antes que o de todo mundo - mas só faço isso se o que vai ficar parado não atrapalha outra pessoa. Lembre-se: o foco aqui são as pessoas.


Comecei falando de construções e filosofei de novo...rs

Neste ano, construí algumas peças, experimentei muito, testei coisas pacas... e acho que começo a entender o que posso fazer, o que não posso, o que quero, o que não quero.

Algumas guitarras levaram dias para serem feitas e outras, estão meio paradas há meses.

Não adianta forçar... se algo deu trave, analise, perca um tempo, e faça com sua energia focada naquilo - por sorte, as construções que mais atrasaram são testes da oficina. Tenho construções de clientes em andamento que estão demorando - mas os mesmos estão cientes e sabem os motivos com total transparência.

Luthieria não é uma ciência exata e, se você acha que todo dia é mais do mesmo, não é.
Ah, quer trabalhar com isso, assim como eu?! Prepare yourself....rs

Já fiquei sem dormir muitas noites pra atender pedidos urgentes; porque sonhei com alguma coisa e ai fui pro Auto Cad desenhar; porque queria aproveitar o ânimo e regular 7 instrumentos num dia - sim, eu já fiz isso..rs

Também já me matei de trampar porque escolhi ficar construindo o dia todo e tinha 3 instrumentos pra regular e entregar no dia seguinte..rs

A questão é deixar todos satisfeitos - inclusive eu - com o trabalho desempenhado.

Se a sua motivação for apenas financeira, em qualquer ramo, algo está errado.
Ninguém vira o Zaganin (em qualidade x preço) da noite pro dia neste negócio - e como eu curto o trampo do Márcio!!!

Quem trabalha com criação não pode pensar nisso de forma alguma - afinal, o dinheiro é uma interferência que nubla toda e qualquer capacidade analítica do indivíduo, seja porque tem dinheiro; seja porque não tem.

Chega de falar... =)


Deixo umas fotos aqui com algumas idéias consolidadas, outras que ainda irei aprimorar, algumas que talvez abandone..rs

Abraços!!!











Cordas baixas: os prós e os contras....

Bom dia....

Basicamente, como podem ver, quase nunca me sobra tempo pra mexer em algum dos meus instrumentos mas, esta semana, eu precisava trocar as cordas do meu violão e arrumar, inclusive, a captação - o som da Mi grave não estava saindo quando ligado em mesa de som.

Aproveitei a situação pra refletir e escrever algo mais filosófico/conceitual -  eu diria.

Este Crafter já apareceu aqui em publicação anterior e sempre estou colocando o coitado a prova com alguma idéia maluca - afinal, como o violão é meu, posso me dar ao luxo de arriscar umas coisas..rs

Já comi o rastilho até a morte, o cavalete, e ainda penso em mexer em mais algumas coisas pra ajustar pra minha mão..

Eu dou aulas de violão e guitarra e, como alguns alunos moram longe - né Pedro Bohry?! rs - eu prefiro levar o violão, ainda que a aula seja de guitarra.

Claro, se é algo específico, que precisa de 22, 24 trastes, carrego uma das guitas que construí, um bom cabo e um mini amp pra exercer meu papel de um modo eficiente. Ahhhh, afinador também, né?

Neste violão, eu precisava de cordas baixas, como em uma guitarra elétrica. Infelizmente, não sou o tipo de cara que cata qualquer guitarra, com qualquer regulagem, e garanto minha performance. Faz tempo que eu não posso dizer isso porque não sobra muito tempo pra tocar - igual a todo mundo que tem um trabalho e ama fazer um som.....kkk

Anyway, aqui estão 2 fotos que ilustram bem o que estou falando: cordas socadas.

Qual a vantagem: não faço nenhuma força pra tocar neste violão - seja com cordas de violão elétrico ou com cordas de guitarra - como coloquei nesta última regulagem.

Bends de até 1 1/2 tom sem nenhum problema. Dá pra chegar em 2 tons mas, você sente que pode explodir a qualquer momento..... =)

Nenhum, mas nenhum problema, pra executar qualquer técnica atrelada ao vocabulário guitarrístico desde o Mr. Van Halen - claro, desconsiderando a ferrugem nos meus dedos de Shrek....

Tappings, sweeps, alternate picking, two handed tapping, rola tudo....

Desvantagem óbvia: o timbre de violão fica comprometido.

Como a corda fica colada, gerando inclusive aquele trastejadinho estilo Strato, você não tem volume nem graves como num violão regulado pra atuar como violão.

Ai você me pergunta (como diria Marcelo Rezende):  e se eu precisar de um som mais aberto, de violão mesmo?! Compenso no tensor um pouco pra que a ação das cordas suba. Lembre-se que o tensor não faz milagres mas, nestas horas entendemos como é fundamental para uma regulagem perfeita e estável no instrumento.

Fico devendo algum som com ele nesta regulagem - na verdade, estou devendo muitos vídeos neste blog.

Apenas deixando uma dica mesmo neste espaço: pense no que você precisa e faça!

Não siga modismos sobre ação das cordas e padrões. Conheço excelentes músicos que usam as cordas altas pra caramba, tem um timbre maravilhoso e conseguem tocar qualquer coisa em seus respectivos instrumentos - o Leonardo Almeida é um destes, Roberto Poladian, idem.

Pode ser que algo não fique como deseja num primeiro momento - já perdi a conta de quantas vezes mexi neste violão - mas, siga adiante. Conheça seu instrumento e leve isto além. Saiba o que ele precisa pra te dar o som que espera em troca!!

O instrumento tem que ajudar você a alcançar o som que está na sua cabeça. Tocar já é algo suficientemente difícil pra você ainda ter que perder tempo pensando na parte técnica de modo exagerado.

Regulou, gostou, é o certo...

O maior caminho para a padronização é seguir fielmente algo que alguém disse...
Leve em consideração, experimente, e faça suas próprias adaptações. Quem sabe não sai algo genial disso?!

Obrigado por acessarem.

Abraços!!





Violão Giannini - Valfrid Couto

O Valfrid é cliente antigo da oficina.

Apareceu aqui com o Tagima TB6 - que eu vendi pra ele..rs - e com este violão, semi destruído pela sobrinha dele....

O blog do baixo já foi pro ar há algum tempo e o violão, estou postando agora durante o processo.

Basicamente, temos uma fissura imensa que soltou todo o headstock.

Pra minha sorte, o Valfrid guardou 90 ou 95% das peças que soltaram e o processo de colagem está fluindo bem.

Ainda serão mais uns dias pra dizer como vai ficar mas, cordas pesadas nunca mais.

Este é o típico processo que eu indico pra quem tem um valor sentimental atrelado ao instrumento.
Muito pode ficar comprometido neste tipo de serviço e, as vezes, o custo não compensa. Se você é do tipo que não pode nem pensar em uma cicatriz em seu violão, melhor nem começar a mexer...rs

Em breve, mais notícias sobre este outro drama...rs

Nas fotos, o violão está com tarrachas provisórias, para que eu possa testar a efetividade da colagem após encordoar...

Abraços!!